A Polícia Militar apreende
uma média diária de sete armas de fogo no Distrito Federal. O número de armas e
simulacros retirados das ruas de 1º de janeiro a 23 de junho deste ano chegou a
1.258 — 19,7% a mais que os 1.051 recolhidos nos seis primeiros meses de 2015.
Somente no fim de semana de 6 a 8 de maio, por exemplo, a corporação apreendeu
54 objetos do tipo. A quantidade é considerada um recorde para o espaço de
tempo.
Segundo informações da PM, essas armas são encontradas, na
maioria das vezes, em posse de gangues ligadas ao tráfico de drogas, e usadas
constantemente para acertos de contas, assaltos e homicídios.
Em 100% dos casos, de acordo com
a polícia, a apreensão é fruto de abordagens das equipes de rua. Após
recolhidos, esses artefatos são apresentados nas delegacias da Polícia Civil, de onde seguem para armazenamento
na Central de Guarda de Objetos de Crime, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.
Depois, o juiz competente envia as armas ao Comando do Exército para destruição
ou doação a qualquer órgão de segurança pública do País ou às Forças Armadas.
Há ainda a possibilidade de o equipamento ser incorporado, por exemplo, no
arsenal da própria Polícia Militar do DF,
com a devida autorização judicial.
O
trabalho de recolhimento das armas de fogo integra o programaViva Brasília — Nosso Pacto pela Vida,
lançado oficialmente em 21 de julho de 2015. Por meio dele, as forças de
segurança e outros órgãos de governo atuam para desenvolver ações que garantam
o bem-estar social. Entre as prioridades estão o aumento nas apreensões de
drogas e de armas, a solução de crimes contra a vida e a redução da vulnerabilidade
social.
Documentos comprovam registro e porte de arma de
fogo
Para
evitar apreensão, os donos de armas de fogo precisam registrá-las e, se
necessário, o porte. No primeiro caso, trata-se de documento, com validade de
três anos, que autoriza o proprietário a manter o objeto exclusivamente no
interior de sua residência ou no local de trabalho. O porte de arma exige uma
certidão com validade de até cinco anos. Já os procedimentos de compra de armas de fogo ficam a cargo da Polícia
Federal.
Simulacros: equipamentos que imitam as armas
A Polícia
Militar também tira das ruas de Brasília produtos que imitam armas
reais, conhecidos como simulacros. Por serem muito semelhantes aos originais,
são usados pelos criminosos para intimidar as vítimas. O mesmo ocorre com as airsofts,
armas de ar utilizadas para práticas esportivas.
Do início
do ano até 23 de junho, foram apreendidos 284 simulacros e 11 airsofts.
A polícia ressalta, porém, que o simples fato de portar um equipamento desse
tipo não caracteriza crime.
Por conta
da dificuldade em reconhecer uma arma de fogo real, a recomendação da PM é
evitar comportamentos de risco, como tentar desarmar o criminoso ou ignorar as
instruções do assaltante.
Campanha paga por armas entregues
Os donos
de arma de fogo, com ou sem registro, podem entregá-las à Polícia Federal ou às
instituições credenciadas para destruição, sendo indenizados com valores que
variam de R$ 150 a R$ 450, de acordo com o tipo da arma.
Segundo o
portal da Polícia Federal, para entregar o material, é preciso preencher um
requerimento eletrônico no site da corporação, imprimi-lo e entregá-lo a uma
unidade credenciada, com a apresentação do documento de registro. Será
fornecido um protocolo de indenização, e o dinheiro poderá ser sacado em
qualquer posto de autoatendimento do Banco do Brasil.
As
delegacias circunscricionais e algumas especializadas da Polícia Civil também
estão aptas a receber armas de fogo, mas, nesse caso, não há indenização.
*Agência Brasília
0 comentários:
Postar um comentário